sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Aline E O Mar

Nada de sarcasmo, nem ironia, nem gracinhas estúpidas.

Só uma constatação.

Fui pra praia e parei para observar o mar.


Tento fazer isso pelo menos uma vez no ano, acho que deveria até fazer mais.

O mar não pergunta, não responde.
Não ajuda, não critica.
Tem infinitas tonalidades de azul.
Infinitas histórias.
Infinitos passados.
Infinitos presentes.
Infinitos futuros.
O mar é exatamente isso.
Infinito.
Imutável.
Ninguém cerca o mar.
Ninguém muda o mar.
O mar dá prazer.
Dá comida.
O mar machuca.
Mata.
Rouba quem nos é caro.
Ninguém detém a fúria do mar.
Nada altera o mar.

Por mais que se fale em subir o nível dos oceanos, aquecimento global, o mar nunca sumirá

O mar nunca mudará.

Nem se você mudar de emprego.
Nem se seu cabelo cair.
Ou seus planos derem errado.
Mesmo que você esteja morrendo.
Nem que seja o melhor dia da sua vida.
Nem se você tiver perdido um grande amor.
Nem se você estiver sozinho.
Mesmo que você precise de carinho.
De atenção.
Aconchego.
O mar não muda.
O mar é o mesmo quando se é criança.
Adulto.
Mãe ou Pai.
Avô.
Fiel.
Mentiroso.
Justo.
Criminoso.
Apaixonado.
As pessoas mudam.
As circunstâncias mudam.
As possibilidades se multiplicam.
O mar não.
O mar não muda.
Nada muda o mar.
Mas ver o mar
Muda tudo.





Perante o mar somos todos insignificantes.
Todos os nossos problemas também são.
O mar é igual no dia do nascimento e no dia da morte.
Simples assim.

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