terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Séries III: Pista Fria

Boa madrugada amiguinhos!
Não, não é o Programa da Palmirinha, só mais uma edição da Série de Séries!
Então pegue sua pipoca, bolacha, pão de queijo, sorvete e/ou qualquer coisa que vir pela frente e Come On!


Tenho um fraco, uma queda por séries/livros/filmes policiais, gosto da lógica dedutiva e principalmente daquela sensação aconchegante de "a justiça foi feita", "o bem triunfou sobre o mal", "o crime não compensa" ou qualquer outro clichê do gênero.

A dica de hoje é a série Cold Case, ou Arquivo Morto produzida pela Warner Bros e exibida entre os anos de 2003 e 2010 perfazendo 7 temporadas. É uma série interessante onde um crime é solucionado por episódio e as tramas pessoais dos personagens se desenvolvem ao longo dos episódios.

O diferencial dessa série é que aborda casos esquecidos, casos com mais de 10 anos, abandonados por falta de provas. Geralmente surge uma pista encontrada nos pertences de um parente falecido, arquivos pessoais abandonados, peças que surgem na mídia sem explicação, o arquivo é reaberto e os envolvidos são procurados.

Algo muito interessante é que por se tratar de crimes as vezes muito antigos, muitas das testemunhas estão idosas e deixaram de dar importância a status ou reputação ou temem chegar ao fim da vida com certos arrependimentos e revelam segredos constrangedores, sendo possível levar a cabo (trocadilho de mau gosto) a maioria dos casos.

Diversos temas são abordados e mostram a diferença de valores e mentalidades entre as gerações, como por exemplo não poder dizer na época da investigação que havia traição entre os pais, pertencia à uma banda, ter um relacionamento com alguém de classe social ou etnia diferente, uma virgindade perdida antes do casamento, muito me nome da honra e do prestígio da família.

O caráter da maioria dos crimes é extremamente pessoal e próximo às vítimas, desfaz o estereótipo do desconhecido a noite num beco escuro, expõe a baixeza do ser humano de forma crua, inveja, ira, cobiça, sentimento de possa, não saber ser contrariado. Além é claro da oportunida de acompanhar as linhas escusas de raciocínio dos envolvidos nos crimes.


Um último fator que faz a série menos estereotipada é a diversidade dos personagens, não são todos homens-branco-heteros-cis donos do mundo que sabem resolver tudo sozinhos com sua arma-de-última-geração e nenhum respeito pelas regras, aliás em vários episódios destaca-se o quanto julgamentos precipitados, ações impulsivas e individualistas podem prejudicar a ação policial.

Extremamente interessante.
Recomendo fortemente.

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