segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Nós, nerds bonitinhos!

Últimas postagens realmente deprimentes...

Mas o engraçado é que tenho mais lembranças boas desse ano de cursinho do que do colégio.
(Também pudera, lá eu era a estranha por ser nerdzinha,  enquanto agora tô em casa!)
Nada supera o prazer de contar uma piada ruim, com um humor super específico e tchan tchan than: ENTENDEREM!
(mesmo ainda sendo sem-graça)

O melhor é que esse ano prometi não fazer amigos, afinal meus companheiros (sinto cheiro de estrela vermelha), seriam todos concorrentes e eu precisaria me focar exclusivamente nos estudos!
Resultado: tô que nem mãe quando o filho vai casar: feliz e triste, querendo que chegue e que não chegue, sabendo que tudo vai mudar e querendo que não mude, mesmo a mudança sendo ótima!

Acho que tô passando muito tempo com a galera de humanas e ficando tooooda sentimentalóide...

Tenho estudado pra caramba nos últimos tempos e tem sido divertidíssimo!
É uma pena que em 13 dias todas essas risadas, exatóides reclamando das matérias de humanas, humanóides das exatas e todo mundo junto reclamando dos nomes horrorosos da  Biologia!

Apesar de não estar de férias, nem tô ligando, podia passar mais um bom tempo assim!
(ok, realmente não vou sentir falta das aulas de geografia)

E no final, apesar de alguns sermos mesmo correntes descobri que na verdade quero que todos passemos!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Antítese Irônica


Anoréxica.
Gordofóbica.

A hipocrisia de reproduzir uma cultura tóxica.
Disseminar um preconceito, justificar uma série de condutas questionáveis como o culto ao corpo, ao exercícios e ao light.
O padrão de beleza atual é o clássico, de formas firmes, simétricas, musculosas, busca-se uma perfeição digna de esculturas de mármore.

A obsessão pelo corpo perfeito ironicamente isola, afasta, desencadeia pena em vez de admiração, o sofrimento é grande demais e as marcas são duradouras.

A anorexia é como o alcoolismo, uma recaída pode estragar toda a batalha de anos, uma frustração e reinicia-se o ciclo.
Desanimador.

Desânimo gera mais desânimo, crises mais intensas, falta de perspectiva.
Sente-se sozinho, distante, incompreendido.

A gordura se vai, é fato, mas antes dela a alegria, o viço.
Durante ela os músculos e a força.
Depois, bom depois não importa, nada mais importa, viver não importa.

Apontar o indivíduo gordo é fácil, viver no padrão esperado nem tanto, mas libertar-se da opinião alheia é praticamente impossível.
Lidar com o corpo alheio é como apertar botões, lidar com o próprio é uma escavação arqueológica.