Não sou dessas meninas de unhas cuidadosamente compridas e batom vermelho.
Que esbanjam charme e segurança.
Não que não me disfarce de uma delas de vez em quando e vou pras noites da vida num salto alto, olhos delineados e sorrisos sedutores.
(cuidadosamente ensaiados na frente do espelhos por dias a fio antes da noite em questão)
Mas preciso ser rude, falar alto, expor apenas o lado mais rústico, frio.
Talvez caiba aqui falar do Jardim Secreto, aquele lugar frio, escuro, abandonado que guarda as flores mais delicadas e os prazeres mais inocentes.
Será que é pecado ler 200 vezes a mesma conversa procurando qualquer indício de que sim, aquela pessoa viu em mim alguém que valha a pena, alguém pra algo mais que uns minutos de entretenimento.
Alguém que trate como coluna em vez de meme.
Pra ir comigo na Casa das Rosas subir na varanda e olhar as flores de cima.
A embaixada do meu mundo está aceitando turistas, mas que não reparem na bagunça que a reforma ainda vai longe.
Tô querendo conhecer de perto um planeta diferente, menos egoísta e mais amor ao próximo, tô de mala pronta, passaporte na mão esperando só um visto.
Ou melhor, visto e respondido.
Porque só visualizado não dá mais.
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